Vitrine

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A casa é pequena e a vida fica toda na vitrine.

Foi o que escrevi. Ao reler percebo a sensação morna do transe na madrugada. Nostálgico, dramático, no mínimo estranho. Quero embalar-me nas  emoções. Deveria ser racional, usar a lógica para ver o outro como ele realmente é. Fria ou incompreendida?

A casa está bem gostosa no seu mínimo… Penso. Há qualquer coisa de trágico na “queda” livre… Perda de poder. Pessoas se matam, enlouquecem ou vendem a alma pela riqueza. É como envelhecer. A decadência é vil, usurpadora, cruel. Nunca estaremos prontos para as perdas. Competir é resvalar pondo em jogo o equilíbrio, a sanidade mental. Provação. Naturalmente compreendo a necessidade de interiorizarão. Cidade menor  pode ser fuga ou sobrevivência. Recriar a pequena casa. Refazer, refazer. É preciso largar, mudar para encontrar. Somos apegados a nós mesmos. Eu sei.

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