O pecado

Desfigurar o belo, pecado. É preciso segurar, agarrar a beleza… Reter este prazer volatizador. Usar as mãos, o corpo todo. Perigoso forjá-la porque é voluntariosa. Num repente não está mais lá. Não é mais a mesma curva, nem o mesmo ritmo. Ficou esquisito, estranho, feio. Outra picada, outra estrada. Sem perceber a essência desta beleza pousada já se transforma: o belo se transmuta reflexo. Simples assim? Aquela tela, este mar, aquele caminho, a pedra, o livro, a mesa, uma cadeira Pantoche, a palavra, o lápis, a rosa, o vermelho tanto como o amarelo estão ali, belos… O exercício de olhar. O que vamos procurar? A sombra nesta foto não é da beleza, mas a tomada de um momento…Talvez esquerdo. Elizabeth M.B. Mattos – janeiro de 2013 – Torres

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