A cada um sua particularidade.
A cada tempo, a visão...
Representa-se num dia o dado, o jogo. No outro, o sonho. Sentinela. Ou apenas afago, o beijo.
Há cada um sua experiência. Somos aquele que nos imaginamos ser: desenho, ideia, dia, e esta luz toda, somos nós…
Ninguém pode dizer melhor do que eu mesma… A afirmação define o trabalho? Aponta o motivo. Diante do espelho olho, escolho, atravesso e busco o início. Volto a pensar no motivo, na voz, nas palavras, na escrita ela mesma, aquela que precisa estar aqui, agora, presente, comigo nesta disposição de fazer, de fazer um começo, um meio e um fim. Emparedar as palavras, cutucar ideias. Casa de livros lidos, sublinhados, relidos, olhados, entre eles, o meu. Deixar a inveja passar, o ciúme parar. Recolher o que me resta, ou vasculhar no que já existe de pronto, de feito, de bom, de trágico, por que não? Melancolicamente eu me arrasto na nostalgia sem tristeza, sem medo.