Agito, tumulto, mas tudo no mesmo lugar. Ontem. Hoje me deixei ficar para ordenar o que ficou para trás, tantas idas…, nenhum lugar seguro. Sentimento estranho: partido afeto. O mesmo lugar, o certo. Então, a massa corpórea se alarga, mas permanece, estranhamente, a mesma. A beleza deve estar lá resguardada, e, se lágrima houver será a mesma… (diferente, nunca a mesma como escreve Alexandre, mas… motivo, o mesmo). Pequena/ou grande lembrança: a memória. Angústia nova misturada a mais antiga. Outra. Diferente. A mesma. Vontade de ter/ver/conquistar o melhor da colheita… No entanto, tudo está restrito ao horizonte do oitavo andar. Claro que já borboleteei por lojas, e comprei outono. Calças leves, blusas bem soltas. Hoje o frio se apresenta definitivo, circunspecto. Boa chuva, bastante chuva, ventania, e raios. Depois aquele cinzento riscado, meio iluminado. Gosto. Gosto muito. Como se a infância voltasse…Longos invernos, fogo nas lareiras, e a gostosa sensação de permanência, de aconchego. O gosto de longa/prolongada infância: sonho, certeza concreta como chocolate quente, morangos, ou a boneca desejada. Olhar pela janela! Dou-me conta que este jeito que me toma o corpo, a alma, sempre foram meus. Acrescido de novas amarras afetivas. A soma de novos, com velhos afetos parece excesso. O excesso minimiza o real. Aquieto inquietude. Não, sou apenas eu mesma, mais consciente, mas a mesma. Sou como sou, dividida. Aberta ao teu olhar, teu abraço, e assim mesmo esquiva. Transbordo confissão doméstica, interpretação. Risível. Não conserto. O estrago está feito. Eu, a mesma. Elizabeth M.B. Mattos – Risca do Céu, 24 de julho de 2014, não tão longe! Porto Alegre –


Já reparou que a lágrima nunca é a mesma, tentei medi-la, é um pingo ou uma gota???
Alexandre, a lágrima não é a mesma, o sentimento se remexeu e…, sei lá o que é o mesmo não consigo definir.
Desisti da mesma, fiquei na mesmice As lágrimas, em gotas 💧 ou pingo congelaram, agora é o silêncio que ensurdece Quando a primavera chegar….
Enviado do meu iPhone
>
quando a primavera chegar…