O telefone silenciou. Aflição. Ninguém pode saber exatamente o que acontece nesta rede de informação, precária. Quem são essas pessoas?
Trabalho para uma Corretora de Imóveis. Qualificações: polidez, beleza, mansidão, e matemática. Fisgar o peixe, o negócio se faz sozinho.
A caixa de morar esconde, mostra quem somos. Empilho os livros, em colunas. A casta, o invólucro, o buraco. Do quente para o frio. Esconderijo, o lugar. A verdadeira roupa, a casa. Vou limpar, polir, arrumar as gavetas pequenas daquela cômoda.
Na lotação, inquieta, sinto o olhar. Serão meus sapatos altos? Batom vermelho. Saia justa. Maquiagem. O cabelo excessivamente puxado…
Apago o fogo que ainda queima. Noite de terror. Por que tanta inquietude, e tanta agitação? Imobilidade, solução. Ninguém bateu na porta.