História de interdição. Rompe-se o fio do ontem, e do amanhã. Importa hoje. Surpreende a interpretação enganadora proveniente do desejo, da fantasia.
A origem da história é interdição. Sem experiência. Apenas vontade. Trágica recusa do imediato. Estamos, mesmo na velhice presos nas velhas proibições maternas, paternas. Este jogo define o real. Desconfio do imediato, precisamente, porque duvido que ele seja realmente o imediato. Preciso do ordenado e tangível mundo conhecido, reconhecido, ensinado, racional, não emocional. A reminiscência. Não existe a experiência primeira. Nada é descoberto, mas sim reencontrado. O verdadeiro só pode significar no segundo momento, depois, depois de ser interrompido.É preciso copiar alguma coisa, repetir alguma coisa, fixar-se em algo já conhecido para definir o real.
Talvez esta emoção não seja nada mais do que a desconexão mórbida, um abandono a lembrança de luxo do presente…