Silenciar

A escrita se desfaz, desaparece, aos poucos, silenciamos. Não faz sentido o dito, tão pouco! A corrente amigável se desfaz, lenta. Desaparece, estamos isolados. Um dia menos, outro, menos ainda. Conversas não dizem, não falam mais… A televisão, música, e a leitura. Muito? Não. Pouco, quase nada, porque não existe o outro. Há que fazer acontecer o encontro, a roda, a ciranda da música. E o amigo, quieto do outro lado fica mudo. Jogo frenético das cartas, do game? Computador, olhos parados. O que posso mesmo fazer neste dia de mormaço? Tantas outras gavetas para remexer, ordenar. E depois? Entregue ao som do minuano – primavera. Forte pelas frestas. Elizabeth M. B. Mattos – TORRES

Deixe um comentário