“A Beleza é o símbolo dos símbolos. A beleza tudo revela, porque nada exprime. Quando ela se nos mostra, revela-nos todo o ardor do Universo.”
“[…] a crítica, a mais elevada, trata a obra de arte como um ponto de partida para uma criação. Não se limita – pelo menos assim supomos – a descobrir a intenção real do artista e a aceitá-la como definitiva. E o erro não se acha nela, pois o sentimento de toda a bela obra criada reside pelo menos tanto na alma que a contempla como na alma que a criou. E é mesmo o próprio espectador que empresta à bela obra suas inúmeras significações, no-la torna maravilhosa, a põe em novas relações com a época, de sorte a torná-la uma parte essencial das nossas vidas, um símbolo do que aspiramos, ou talvez, daquilo que após havermos desejado, receamos conseguir. “(p.121)
A Decadência da Mentira e Outros Ensaios, Oscar Wilde,
Imago Editora, São Paulo. Tradução e apresentação, João do Rio.