ultimo dia de 2016

Chove, alaga, refresca, azula o céu. Esta é a combinação de fim de ano, de último dia. Vozes e vozes no movimento dos filhos, dos netos, dos amigos. Latidos se misturam com alegria de um ano que termina, mas é começo… O trágico e a verdade se alternam na gargalhada irônica do tempo. A tampa do panelão Brasil  retirada: surpresa, alívio, recomeço no/do ponto final. O mundo se agita amedrontado com ataques terroristas. E os homens se reconhecem vulneráveis, mutantes. O cheiro de medo se alastra… A coragem perfuma. Estamos preparados? 2017 espia e o dever do amor se apresenta. Gosto destas despedidas,  e destes inesperados reencontros. Recuo, depois avanço. Mistura fortificada por dúvida, depois certeza. Começo a reconhecer o tempo de envelhecer como o tempo de florir: o bom fica perto, o descuido se afasta zombeteiro, engraçado. Haja céu, haja vento. Haja luz calor, depois frescor. E este prazer que se desmancha no corpo ao sabor do vinho.  E da água gelada. Elizabeth M.B. Mattos – dezembro de 2016 – Torres

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