seu jeito de não estar

 ele existe na memória perdida. Inteiro eu penso/ imagino sem tocar… sem entender.  Como vejo? Dourado. Olhos azuis esverdeados, ou nem sei…, esqueci os olhos esqueci a boca, o contorno do rosto, esqueci. Lá onde eu vejo / aonde meu pensamento caminha são castanhos, – verdes, não – são azuis. Tímido ousado. No entardecer insistente… Seguro pelas mãos, suas mãos. Assim mesmo desaparece, loucura delírio. Apressado… Apressado, enquanto eu lenta, tão lenta! Cansada.  Afoita e insegura. Indecisa incerta ansiosa triste onde não posso estar. Estou dentro da imaginação. Linha parágrafo, desenho, a sua música, meu querido. Sua memória. Seu jeito de não estar.  E não estamos em lugar nenhum. Não existimos. Nem você nem eu. Imaginação de felicidade/ de coisa alegre, somos nós.  Ausente presente inteiro e para sempre vazio.

Caminho apressada tropeço vou escolher flores pequenas do gramado, e alegrar o dia amoroso de ser apenas nós os dois. Eliza Beth / Liza Elizabeth .M.B. Mattos – Setembro – Torres 2017

flores pequenas

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