…, poema palavra, teu olhar inclinado. A doçura devolve o riso. Volto ao teu abraço outra vez, outra vez tuas mãos. E escreves:
“ Legítima querida do tempo de querer”
e ainda
“ Não são apenas palavras soltas, são pensamentos de sentimentos a brotar, e que saem pela ponta dos dedos ...”
és tu a me escrever.
“Gosto muito de ti, mais do que possas imaginar ou sonhar.”
És um pensar, o pensar que me acorda …
“…, quero me afogar em ti”
“quando tu me encontraste estavas iluminada”
“gosto de estar contigo, de conversar, deste nosso ficar …”
“ Precisas desabafar e não deixar o corpo sentir.”
…e, o tudo mais. Depois de te escutar é mesmo fantasia. O corpo se arrepia sente se abre, e se entre… Mas, sendo corpo, acorda. A lembrança tem um pedaço de mel outro amargo e outro vivo… Não sei bem o que lembro e o que esqueço neste avançado setenta anos que lacrimeja. Eu te penso. Elizabeth M.B.Mattos – novembro de 2017


Fotos de Luiza M. Domingues – Alagoas 2017