Pois é, ainda penso em ti, como um pedaço remoto estranho da minha vida e de mim mesma. O remoto fica por conta do tempo. Mas foi tão bom aquele encontro urgente intenso necessário! Memória abençoada: recebo carta, ou bilhete. História que volta. Sacode. Amantes/ amigos / correspondentes, não de guerra. Sem pose ou bengala. .Esta coisa de dividir! O estranhamento faz bem. Não foi excesso, mas história de amar. Bom e perfeito. O tempo passou, mas estamos vivos tu e eu. Não é maravilhoso?
…,fora do ritmo, atrapalhada, achada. Revoltada porque nada espera. Caminho sem cuidado, afoita, descuidada… Se alonga a vida, se estica. Portas abrem janelas fecham: caminho bloqueado, mas ainda um novo maravilhosamente florido. Esquisitice se mistura com alegria. Confesso: eu me afogaria, eu me deixaria queimar se tivesse que enfrentar todos e tudo, diretamente/outra vez. O esquisito de ser eu mesma me salva. Sofro, despedaço, mas insisto.
…, claro, sei que tudo vira poeira no fim, mas gosto de pensar na eternidade da palavra. Elizabeth M.B. Mattos – fevereiro de 2018 – Torres