Estacionada dentro de mim mesmo imagino a velha torre na/da praia onde o prazer de sobreviver tece encontro particular entre um copo de vinho, uma colher de doce de leite, e um ensopado prazer de estar vivo. Este metódico e módico ato de respirar pode ser perfeito se o mar for testemunha. O mutante indecifrável prazeroso perigo de águas salgadas. Assim esta torre tem um posto/lugar diante do mar. Morada ideal. Própria a um sonhador de amor. Terei permitidas e proibidas preliminares do prazer a cada amanhecer. Manhãs preguiçosas e abusivas. Depois, depois olhar o mar ou caminhar. Enterrar os pés na areia num arrepio continuado. Águas geladas que acordam a vida. Elizabeth M.B. Mattos – abril de 2018 – Torres é a terra perfeita.