tudo muito, absolutamente, errado

Tudo errado. Tem dia assim, tudo errado. Sim, talvez o Amoras seja apenas um diário sem nada de verdade, feito ou criado. Droga de diário íntimo. Espanto. Estou ali, estou? Oxalá estivesse, oxalá fosse, oxalá a questão fosse coragem. Tanta coisa que não é. Vou tomar café, vou tirar a roupa, vou fazer amor, vou comer sem parar, vou gritar. Ser gentil o tempo todo. Vou me olhar no espelho. Por que fico tanto e tanto tempo longe do espelho. Esqueço. Esqueço a alma, a vontade, o desejo. A verdade, esqueço que não temos amigos, nem inimigos: projeções. Votar. Sim, tenho que votar para presidente. Escolher alguém que governe, faça e ajude e seja honesto, a verdade. Onde está a verdade? Sim, como é mesmo ser honesto bacana e certinho? …, céus! Como é mesmo que as pessoas tem que ser para ser. Estou com raiva. Uma raiva canalizada. Deve ser de mim mesma, deve ser do tropeço. Deve ter raiva da vontade de acertar. Deve ser raiva de estar no lugar errado, mas, afinal, o lugar é apenas um lugar, não és tu, não sou eu. Errada. Equivocada. Entranha. Esquisita esta coisa de entender e aceitar. Estou completamente equivocada…Estou? Gostei desta palavra. Quero consertar alguma coisa. Não sei o erro, não sei nada. Se eu tivesse certeza do nada. Se fosse apenas o vazio sem beijo tato ou desejo. Do absolutamente nada seria mais fácil. Que droga! Quando amanhece eu acho que vai ser diferente, melhor. O bastante. O tranquilo, seguro, certo, bom e melhor. Raiva é um sentimento pequeno, tão imediato, tão simples! Porque não jogo tudo pela janela,  e vou…, vou tomar um banho de mar e sentir frio. Frio. Está gelado lá fora. Eu queria começar do princípio. No começo tu não estarias aqui, não serias, nem eu seria. Não haveria acaso… Elizabeth M.B. Mattos – setembro venta e porque o vento faz ruído a vida fica…, não sei. Deve ser bom estar no vento. 2018. Se o telefone tocasse…, provavelmente, eu não atenderia. Elizabeth M.B. Mattos – setembro de 2018

Acho tudo um escândalo. Perfeitamente gritante. Sempre que leio AmorasAzuis.com fico com a sensação de que poderia ter dito, escrito ou pensado algo semelhante. É tua humanidade, profunda, sensata e irrefreada que te faz errada e certa. Variante. O humor e a auto-percepção. Como gosto de espelhos! Vejo-me sempre. Talvez seja mesmo narcisismo. Mas geralmente não. Olho o meu rosto no espelho, o rosto só não…, e busco o rosto daquele menino a descobrir as dores dos fracassos e as alegrias dos sucessos. Me sinto presente. Totalmente. Também tenho raiva. Afinal, os fracassos costumam ecoar pelos anos afora e os sucessos geralmente são subestimados. E tens, nesta de hoje, um detalhe sobre o tempo que valorizo muito. O vento. Este fantasma a nos dizer que vivemos no fundo de um Oceano Atmosférico. Pode destruir construções, arrancar árvores e nos jogar ao longe. Mas geralmente tenho-o como meu ponto de referência. Não rastejo, afinal, ao fundo deste oceano… Sou parte dele. Vento vente sobre mim, meus cabelos, meu rosto nú. De todas as partes do meu corpo geralmente é o rosto que se deixa despido mesmo que voces, mulheres, o maqueiem… ainda assim está nú. Prestes a sentir a temperatura, o aroma, a força e tudo o mais. Errada? Não… Humana.

Gosto desse seu jeito intenso de falar coisas… Assim, a alma não engasga!

Poesias boas de ler. Rápidas. Aparentemente leves. Mas que trazem uma mulher à procura do ser. Sem choros ou gritos mas com pesadas lágrimas nas entrelinhas suaves e descomplicadas. O impacto forte da leveza,
a aparente simplicidade das coisas. Pungente mulher no claro-escuro do inverno. Em Torres, contra o mar, ao relento do frio vento. Maresia. Vida e morte.

5 comentários sobre “tudo muito, absolutamente, errado

  1. Acho tudo um escândalo. Perfeitamente gritante. Sempre que leio AmorasAzuis.com fico com a sensação de que poderia ter dito, escrito ou pensado algo semelhante. É tua humanidade, profunda, sensata e irrefreada que te faz errada e certa. Variante. O humor e a auto-percepção. Como gosto de espelhos! Vejo-me sempre. Talvez seja mesmo narcisismo. Mas geralmente não. Olho o meu rosto no espelho, o rosto só não…, e busco o rosto daquele menino a descobrir as dores dos fracassos e as alegrias dos sucessos. Me sinto presente. Totalmente. Também tenho raiva. Afinal, os fracassos costumam ecoar pelos anos afora e os sucessos geralmente são subestimados. E tens, nesta de hoje, um detalhe sobre o tempo que valorizo muito. O vento. Este fantasma a nos dizer que vivemos no fundo de um Oceano Atmosférico. Pode destruir construções, arrancar árvores e nos jogar ao longe. Mas geralmente tenho-o como meu ponto de referência. Não rastejo, afinal, ao fundo deste oceano… Sou parte dele. Vento vente sobre mim, meus cabelos, meu rosto nú. De todas as partes do meu corpo geralmente é o rosto que se deixa despido mesmo que voces, mulheres, o maqueiem… ainda assim está nú. Prestes a sentir a temperatura, o aroma, a força e tudo o mais. Errada? Não… Humana.

  2. Poesias boas de ler. Rápidas. Aparentemente leves. Mas que trazem uma mulher à procura do ser. Sem choros ou gritos mas com pesadas lágrimas nas entrelinhas suaves e descomplicadas. O impacto forte da leveza,
    a aparente simplicidade das coisas. Pungente mulher no claro-escuro do inverno. Em Torres, contra o mar, ao relento do frio vento. Maresia. Vida e morte.

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