“Creio que quase todas as nossas tristezas são momentos de tensão que sentimos como uma paralisia porque não mais ouvimos nossos sentimentos de estranheza com a vida. Porque estamos sozinhos com o desconhecido que entrou em nós; porque tudo que é habitual nos foi retirado por um instante, porque estamos no meio de uma transição em que não podemos parar. Por isso a tristeza também passa: o novo em nós, o acrescido, entrou em nosso coração, foi para seu mais intimo reduto e também não está mais lá, já está no sangue. E não ficamos sabendo o que foi. Facilmente poderíamos acreditar que nada aconteceu, e mesmo assim nos transformamos, como uma casa se transforma quando entra um hóspede.” Rainer Maria Rike -p.175 – A melodia das Coisas
Para Fernando: a conversa vai ser lenta mansa e nossa. E a tarde terá a luz que importa. Elizizabeth M.B.Mattos – Torres janeiro de 2019

Foto de João Brentano – Torres – 2019