Não me perguntes o que estou fazendo. Exercendo o apego, ou tentando me desfazer disso ou daquilo. CÉUS! e encontro o Eu a amava de Anna Gavalda, livro de estréia. E como diz Le Figaro: Todos temos algo de Gavalda.
” – Não, não é incrível. É a vida. É a vida de quase todo mundo. A gente se esgueira, se acomoda, tem tremores nas pernas feito um animal doméstico. A gente a trata com carinho, a destra, se apega a ela. É a vida. Existem os corajosos e os que acovardam. É tão menos cansativo se acomodar…” (p.133)
[…] “A vida, mesmo quando você a nega, mesmo quando você dá pouca importância a ela, mesmo quando você recusa admiti -la, ela é mais forte que você. Mais forte que tudo. Pessoas voltaram dos campos de concentração e fizeram outros filhos. Homens e mulheres que foram torturados, que viram morrer os mais próximos e a casa queimar, recomeçaram a correr atrás dos ônibus, a cometar a meteorologia e a casar as filhas. É incrível, mas é assim. A Vida é mais forte que tudo. E além disso, quem somos nós para nos darmos tanta importância? Nós nos agitamos, falamos alto e daí? E por quê? E o que mais, depois?” (p.161)