“coisas” de 2009

Escrever já é um desvio favorável ao esconderijo” escreve Patrícia Galvão. Também penoso, difícil, perigoso! Palavra deslocada, desfocada.

Pelas janelas abertas a Lagoa do Violão cheia de luz. Chuva miúda. Antes, e depois da descoberta? Referência esquecida. A história antes, e depois, agora tua presença escondida, mas não imaginas o quanto te quero, penso!

O que verdadeiramente importa? Afetos. Mesmo escondidos, apenas eles importam. Chorar importa. A alma se esvazia na lágrima. Escorre dor, e medo. A chuva continua. ElizaBETH M.B. Mattos – 13/05/2009 00:32 – Porto Alegre –

depois: MEMÓRIA (29/04/2009)

Música recupera sentimento. A alma segue a luz da melodia. No silêncio, escuto com o olhar… A memória agarrou uma xícara, este livro, aquela cadeira, depois a tela com tintas escorridas de Jean Lehmens. A carta, este caderno. A caixa das fitas, as pérolas descascadas. O bule branco. Objetos. Não sinto o cheiro dos eucaliptos, nem das magnólias. Dos jasmins. Esqueci o jardim dos jacarandás. Vou construindo a memória com fitas, vidros, caixas, cartões e fotos. Guardados escondidos no porão. Elas caminham, estas coisas. Não ficam a espera… ElizaBeth M.B. Mattos – agosto de 2019 – revendo/mergulhando nos velhos textos, talvez já enfiados no Amoras, não sei mais. O que aconteceu / o que era / como foi, não sei. E a pensar! Tudo muito igual! Os círculos, as dúvidas, e as completas e perfeitas certezas estão amarradas neste hoje: estás às voltas das panelas, gostas de cozinhar / inventar. A vida é assim mesmo, invenção, e o mesmo. Roubar a namorada, faz parte! Encontrar um amor também.

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