Inexplicável! Não. Banal! O amor pelo francês e todo o envolvimento visceral, descoberta. Quando abro um livro tenho a rua Vitor Hugo, a casa, o jardim, o pai e a mãe de volta. Detalhes mínimos da vida. Na onda. Sufoco no mergulho salgado de prazer e loucura e… Areia sol sal e juventude-menina. Tempo livre e solto, arregalado. Vida praiana de verão. O balanço das férias transforma a rua Vitor Hugo, a casa 229, os jacarandás, e os cães em puro prazer. Tens razão, meu amigo, quando lembras o verão: cumplicidade, depois blindagem e hoje… Esquisitos sentimentos. Viver e estar e passar tantos anos em Torres me surpreende. Mencionaste o encantamento do pai, e aquelas alegrias todas do veraneio. Verdade. A mãe gostava de cariocar, mas se misturavam. Torres prevaleceu. Fiquei a pensar o que eu teria escolhido para mim se fosse livre e independente. Não sei. Ter casado e ter sido feliz na Porto Alegre onde eu nasci. Estar na casa de Petrópolis, para sempre. Não sei. Elizabeth M.B. Mattos – janeiro de 2020 – Torres
