A vida se carrega / leva, sei lá qual o verbo, mas vai inteira no todo deste tempo de sempre – hoje / agora. E apertado, pequeno / e tão enorme ele segue tanto! Se estou presa nesta coisa de lembrar, nestas franjas, entre janelas e serra, no farol lagoando, estou também estacionada, mesmo atenta, divagando sem história, na estória do jornal, da inquietude deste tempo virado… Que sorte tive! Que vida tive! E engraçado este contar velado, nunca escancarado mesmo quando espraiado, escondido e exibido.
Contar a vida, a sua, ou a minha vai ser sempre invadir a deles. Conversas salvam, aquelas conversas do caminho, do acaso. Aqueles encontros estranhos, e as perguntas fora do lugar. Tantas! Elizabeth M. B. Mattos – fevereiro de 2020