Paralisada, congelada, esvaziada e medrosa. Medo esquisito: da palavra, do olhar.
Nenhum verbo se ajusta a uma estória; palavras grudadas no pânico. A perfeição do nada. O perigo, uma vontade flácida, desencantada.
Colhi goiabas na caminhada passeio de ontem: as frutas ainda não estão maduras. E destas quatro ou cinco goiabinhas fiz um doce… Brinco de acertar. São brancas. Lembrei que na casa de Santa Cruz do Sul, na Travessa Canoas, tínhamos uma goiabeira crescida e linda, vermelhas. Conseguia ter/fazer geleia e doce. O perfume caminhava pela casa enquanto o tacho estava no fogão a lenha. As frutíferas são árvores fantásticas. Beth Mattos – abril de 2020 – Torres