delicadeza

Delicadeza, perfeição no cotidiano. Uso doméstico da vida. Se houvesse um jeito de dizer! Qualquer objeto, qualquer luz, e também o acaso. Um casaco nas costas de uma cadeira.

Nada fácil entrar sem quebrar a casca, deixar escorrer o que importa, guardar o essencial, não é fácil. Malabarismo. Desviar das pessoas, dizer a verdade, sentir intensamente. Como todos os sentimentos intensos nos são vedados, somos metade. Nos enfiamos na vida do outro, na metade e respiramos. Os homens foram por muitos, muitos e muitos anos escudos da beleza, da feminilidade, da palavra até de uma mulher. Um jogo estranho, afinal somos seres humanos, e deveria ser irmandade. Não. Há a tal guerra de vaidades, aquele comportamento ligeiro, descuidado de uma pessoa com a outra. Um descaso aparente, mas sempre descaso certeiro.

De certo terei outras oportunidades, outras vidas, ou já sou a sobra de vidas vividas. A minha alegria espanta o dia porque não tenho motivo nenhum para festejar, igual festejo. Costuro os humores carregados. Desligo as vozes cruéis. Protejo os olhos do sol. E deixo a chuva me dar prazer. Uma observação esquerda vira direita. Um jogo de acertar, de perder e ganhar como quebra-cabeça.

Eu volto as mesmas histórias quando se trata de descobrir o caminho de chegar na paz. Serenidade, encontro e amorosidade. Invertida a vida, assim mesmo… Elizabeth M.B. Mattos – fevereiro de 2021 – as mesmas memórias misturadas, sentir.

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