Específica verdade, escondida num pote de certezas. A lucidez estraga toda e qualquer brincadeira. De repente imagino: armários, prateleiras arrumadas, segundo cada dono ou gosto, na lógica simples das necessidades. Eu, particularmente, complico: vou empurrando o que é possível quebrar para o fundo, lá escondido, estão meus copos, xícaras, porcelanas. Os preferidos. O som se mistura…, a música me atrapalha. Não é possível arrumar prateleiras, selecionar livros, sentar na mesma poltrona, e tentar se fazer entender: não. Não sei onde estou. E devagar vou desaparecendo… Esta brincadeira de esconder e achar, pegar e correr preenche tardes de folguedo. Somos viciados em correrias… No faz de conta. Hoje estou especialmente cansada. Beth Mattos