Escondido num lugar protegido, bem confortável, instalado no quente gosto de te querer, e ponto. A estranheza pode ser a boa travessia complicada: a se sustentar com o mínimo no/do mínimo.
Terminei o livro presenteado. Gostei da forma, talvez do conteúdo, pode ser? Não sei. Alguns capítulos poderosos. Escrever pode ser bordado / dom dominado, mas mais do que escrever bem, o que dizer importa: o tema/assunto, a revirada de onde deve sair o novo… Pensar, conduzir, acelerar a palavra no zelo da ideia…
Enfim! Não é aquilo tudo, mas não é pouco, nem mais ou menos, nasceu. Como diria meu amigo Paulo Hecker Filho, a ver o que virá… Amanhã deve ficar menos frio. O novo: consertaram a cratera que levava ao Japão / assim, depois de dois anos, os pedreiros vieram jogar cimento. Acalmam as margens poluídas, empurram os peixes mortos da lagoa. Não posso planejar viajar: vestígios do desastre, não posso mais desejar partir: estupefata acompanho as pás a se movimentarem…
Basta não acreditar no possível, e o impossível acontece. As calçadas de Torres, as ruas de Torres te levam a todos os lugares possíveis imagináveis. Mas, ao carro explicas/ensinas destinos curiosos, veredas, obstáculos, solavancos, e surpresas… Torres sofre o frio de um inverno bem carregado. Junho de 2021 Beth Mattos