Talvez o certo seja mesmo certo copiar/imitar/pensar o pai, seguir a mãe e se emparelhar com os irmãos: seguir a sombra dos filhos e dos netos, parar de respirar, suspirar, e ter avós. Ou seguir a inspiração da imaginação. Fazer/realizar/construir tudo antes da inspiração inundar o dia, e quando a noite chegar, apenas adormecer. É preciso desconfiar da imaginação. Queira ou não, ela deforma, joga em uma certa direção, que nem sempre é a verdadeira. Assim, o que está desenhado na tela de manhã, no fim do dia se desmancha em cor. E o traço? Desapareceu. As pinceladas somem nos talhos do dia… E eu tenho uma tela manchada, sem risco, mas com sulcos: o verdadeiro escondido. Sou eu querendo saber de ti, da tua lágrima, do teu pesadelo, da tua cura, teu caminho. Tu estás em mim. Não sei o meu lugar. Estremeço. Elizabeth M.B. Mattos – fevereiro de 2022 – Quando penso Rio de Janeiro, onde tu estás.


A foto belíssima retrata bem o traço do dia como você disse. E depois tudo se desfaz. Mas contradigo sobre o imaginário. Nossa percepção é, na minha humilde opinião, a projeção do subconsciente. Este aspecto da nossa mente, que sempre está em conflito com o consciente, nos confunde. Eu prefiro a intuição feminina. Ou mesmo o impulso precipitado masculino do agora tudo ou nada. Sabe. Espero que descubra onde ele anda mas eu desconfio, apenas desconfio, que ele está no seu coração minha amiga querida.