chegar apressada

Vontade de pontuar com certeza -, como vou chegar? Vou pegar aquele ônibus, ainda tem um lugar. As estradas me surpreenderão. As vozes, as cabeças brancas agitadas com o novo. O que será ver o mar? Não apenas o mar, o infinito. Depois inspecionarei o navio: novo lugar. Água! tanta e tanta água neste mar! (risos) Apenas água. Tudo sob agitação: diversões, confraternização, a boa comida, espero. O bom sono… Claro! Conversas descabeladas e excitadas. Mover o mundo, sacudir a mesmice. E se deixar embalar, acredito. Estarei entregue, dançarei todas as músicas, carrego aquele pote mágico da alegria instantânea. Não estarei a ler, a ler, estarei a rodear, rodopiar. E a música se diluirá na tempestade, nas noites enluaradas, na neblina, sei lá… Ou fará sol grande? Deixarei de pensar, desenharei a fantasia, porque deixei o pote das tristezas e do não posso, não conseguirei entristecer, ensimesmar. Irei. Chegar? Chegar aonde? Como? Alguém me espera? Acho que sim, acho que não. Não avisei. Estarei eu a me encontrar… Se estiveres lá, eu te reconhecerei. Passou tanto tempo! De certo pelos olhos! Os olhos, se me olhares. Elizabeth M.B. Mattos – outubro de 2022 – Torres

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