Parado. Ainda é cedo. O calor invade as frestas das janelas fechadas. Sublinhado inverno rigoroso, verão escaldante.
A cidade se tranquiliza abafada, tudo ferve. Mesmo a passarinhada se acomoda imóvel. As árvores não se movem, a lagoa parada, quieta, cintila.
Interrompo o dia, acelero o fazer, picoto os soluços. Será que o sol se apiedará? Antes das seis horas estávamos já caminhando. E se a Ônix não existisse, o que eu faria? Sem energia. Quieta. Desmotivada. Sensível a qualquer empurrão. Sem voz… Imagino. Elizabeth M. B. Mattos – janeiro 2023