Escrever para contar / dizer / fixar o que nunca aconteceu, nem acontecerá e está ali, derramado diante dos olhos como a nossa experiência, a vida que se alarga, “vida” no sentido narrativo…, pois é assim, escrever: derramar. A infância, bem como a memória, fontes de erros, enganos, ilusões. A imaginação é descaminho e confusão. Dor e envelhecer perfumam o agora, com um colorido inusitado, cheio de sol, sol de verão. E nada altera o sentimento de pertencer / depois perder / doer e depois doer / doer. Beth Mattos – janeiro de 2023 – Torres
