escrevendo no amarelo

17 de fevereiro, uma madrugada! Dormi tanto e tanto! O sono desarrumado. Hora errada de preguiça. Imagino meus pares adormecidos. Sim, não ser dois incomoda, não ser nós… Com certeza uma fortaleza teu abraço. Comunhão com a calidez da noite! Estes amarelos me encantam! No fundo a lagoa. Posso ser menos feliz?! Tanto prazer me pertence! E, súbito, solidão guardada. Sou outra. Quero descartar, quero gritar a voz de falar/explicar! O sonho era todo povoado contigo! Há uma alegria a conversar dentro de mim. Aquela saudade infantil, juvenil que eu sinto da casa, dos jacarandás, da minha meninice! E Tia Joana a costurar! Eles nunca saíram da minha casa, da vida! Sempre imagino ou alimento o sonho: para sempre, e estou / sou tão limitada! As bordas do tempo empacotam a vida! Sinto saudade, desejo, nem sei, uma saudade a transbordar. O corpo se ajeita nas velhas camisolas como se fosse dormir, dobrado, fechado, destemido! Pois é do corpo que a saudade brota! Elizabeth M.B. Mattos – fevereiro de 2023 – Torres
buganvíleas amarelas festejam a noite, desenham a fantasia colorida

“As bordas do tempo empacotam a vida” me pegou de jeito aqui!!! Aliás, adorei toda a passagem em especial: ” As bordas do tempo empacotam a vida! Sinto saudade, desejo, nem sei, uma saudade a transbordar. O corpo se ajeita nas velhas camisolas como se fosse dormir, dobrado, fechado, destemido! Pois é do corpo que a saudade brota!”
Beth e sua dança de palavras hehe bjs!!! Carol Salles http://www.carolsalles.com @carolsalles.art https://www.facebook.com/carolsalles.art/
um texto antigo meu, reli e publiquei outra vez…eu escria melhor naquele tempo