prerrogativa da liberdade

(quando a história e a forma informa na narrativa)

Esta forma de estar na vida privilegiava a liberdade. Consciência dos limites impostos, o não explicitado como permitido. Transparente obediência, lógica, auto suficiência. Ler escrever, seguindo o solfejo a entender / acompanhar o ritmo me fazia feliz

A casa estava distante e com ela as relações mais estreitas, os afetos ficavam emoldurados. As aulas aconteciam fáceis. Éramos todas, aparentemente, iguais. A confissão e o consolo seguiam a sombra dos monges / freiras. A vida religiosa imponente, misteriosa, segura. Atendíamos famílias que careciam do conforto da higiene, e da fé. A fé necessária no potencial de ser pessoa, Caminhávamos anônimos e felizes. Hoje, revejo a história. Estamos em patamares diferentes: dominadores, poderosos versus dominados, e humildes.

Como reconsiderar este mecanismo, mudar, fazer a roda girar no outro sentido?

Isabel me acorda. Aqui estou para ajudar meus netos que perderam o pai, ajudar minha filha que perdeu o marido. Alavanva, Fazer acontecer o campo das margaridas, revirar a horta, alimentar os cães, poder a cerca-viva. Estou aqui. E, a fazer, a pensar, a me construir. Não tenho o ritual, nem o silêncio, nem o convento. Tenho a vida perto do mar, dentro da rotina de sobreviver. Reapreender o não. Não posso expor nem exgiger. O meu olhar não é o limite…volto ao ritmo das buscas / da procura.

Encontros! Ah! Os encontros precisam ser no tempo certo, no limite do possível, na hora perfeita, na história de cada história. Elizabeth M.B. mattos – fevereiro de 2023 – Torres

P.S.

Muito calor, mar azul com verde, com espuma branca, horizonte e… Limpo na definição. Torres em mutação constante, a se erguer, com outras/novas torres. Pessoas transvertidas / divertidas, também elas, coloridas em alegria. Aproveitam o verão das férias. O que posso te contar, meu querido, estou de volta ao mundo… Margeando o sucesso, longe das conquistas, do prazer, e ou da felicidade mesmo. Felicidade como eu a compreendia / desejava, espreitava. a solitude consciente terminou. Repasso o tempo como se o pensamento me fizesse voltar. No entanto, não há futuro se eu mastigar, mastigar, ruminar este passado. O meu passado.

Hilma af Klint foi uma artista e mística sueca e pioneira do abstracionismo, cujas pinturas foram consideradas uma das primeiras obras abstratas conhecidas na história da arte ocidental. Uma parte considerável de sua obra antecede as primeiras composições puramente abstratas de Kandinsky e Mondrian.

Exposição HILMA af KLINT: mundos possíveis – março – julho Pinacoteca de São Paulo – 2018 (cartões na foto)

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