ah! esta serenidade noturna que desapareceu… um pedaço aqui, outro ali, na boa lembrança doce. o entardecer, meu recolheminto imediato, necessidade de fechar as escotilhas, ou amarrar as velas ao mastro, serrar as venezianas, recolher as vontades para cochilar, e depois? o sono se acalma, o corpo se organiza, a sopa esfria enquanto conversamos. a noite, a noite chega, mansa… ou chegava acalentadora, sensual, assim como o céu escuro. ah! agora o sono não chega, nem o piano toca, nem falas comigo, nem organizo o sonho, apenas, não durmo e amanheço pesada, cansada e mal humorada. os pés gelados, o nariz fungando e sem chuva, sem a chuva! quero de volta a minha serenidade e a xícara de chá, e o biscoito, ou o bolo de laranja…, ou um copo de vinho. ah! danadas saudades! Elizabeth M.B. Mattos – fevereiro de 2023 – Torres
