vou largar o possível, o correto, vou deixar inverter: seguir tempo, sem ordem, uma azeitona de cada vez. Água com gás, silencio com soluço. Caminho lento, desgovernado, solto, livre – nenhuma coerência
os crimes sem sangue são empacotados em lógicas e metódicas respostas. O feito do envenenamento atravessa lento o coro da lagoa. Então, pelas mãos de crianças, ele mostra as tartarugas espichadas, leva para passear de carro a menininha e o gurizinho. Divide as balas e supõe que pode dormir – ou que está acompanhado, alguns infernos são limpos e a boa comida, o bom vinho, engana.
o desejo de agradar apaga vontade prazeirosa… amontoa-se com a vida / experências de equívocos, muitos traiçoeiros. a cada personalidade sua sobrevivência… eu sei o processo. apreendi calada, observando, e aplainando, nunca enfrentando… a pensar sobre estas questões, também ensino silenciosa, sem impor. Espalho no tapete as ideias que precisam ser costuradas
quando reviro as horas / faço do dia a noite, as horas se devoram estranhas… consigo girar girar no sentido inverso do tempo, rejuvesneço. Elizabeth M.B. Mattos março de 2023 – Torres