duas vezes o mesmo

deve haver a terceira vez, ou o antes. aquele enfado do mesmo… sem o outro, sem estares aqui, tu.

ora, ora, ora! sou eu a me queixar. conversar / o tal dialogar, ou escutar. escutar seria importante, montar e colorir a memória. envelhecer sim, mas usar máscara. o teatro japonês… a ideia de ganhar e o preço por perder. uma droga esta coisa de perder…

para ser franca (procuro mentir para acertar), perder é a ordem. ou passar aquele cofre para as doações! verdade! acreditar no dia seguinte e no tal sono, fechar os olhos e dormir – delícia. em que momento perdi o sono? ficou numa esquina, ou eu enveredei (veredas é coisa de Guimarães Rosa) para um lado, e ele, o sono tomou outro rumo. sugestão: fique acordada, faça exercício, ou musculação, caminhar, seja tranquila. caminhar muito. olhar para todos os lados, procurar os amigos, rir, fazer novos amigos. e amar. beijar. o beijo existe? deve existir né?! os que nós devoramos ou quando nós nos apaixonamos. as letras! junte letras para escrever, use os pincéis e não interrompa o dia, deixa a lua estar cheia e espera diminuir… e o dia ser dia vinte e quatro horas. aqueles ensolarados dias de sol! ora, ora! leia livros. os certos / os errados também, principalmente, os proibidos.

e o tal medo? empurra o medo… se não aconteceu eu não sei. se sei /sabes qual foi, não repetir. o “perigo mora ao lado”, não. era o pecado… começo a ver os mesmos filmes, sonhar com o mesmo amor. cansar das mesmas coisas. amanhã eu vou pegar o telefone e discar o número. afinal, do outro lado tem apenas uma voz. uma voz pode ser mesmo assustador. Elizabeth M.B. Mattos – junho de 2024 – Torres. as contas não conseguem fechar, não acertei o número!

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