A felicidade pode ser serenidade sem tédio. O silêncio da alma. O bom caminho… Mansidão necessária para o trabalho ao amanhecer. Aquele brilho de tempo que o domingo traz. A serenidade de bons sentimentos… Nesta pequena segurança pintada de silêncio, embalada pela paz, procura-se a semelhança: ser como o fulano, ou a fulana, estar como o José, sentir-se como a Lúcia, fazer como Albertina. Agimos como os outros nos imaginam: agradamos. O reconhecimento harmônico de pertencer a este, e não aquele grupo social. Seguimos, inadvertidamente, o rebanho, e o rebanho é anônimo.
As pessoas querem o especial! Ou um alguém para alguém numa reviravolta de reconhecimento. Mas, muitas vezes, perdemos as referências… Ser estrela/ ser luz / ser brilho entre tantas estrelas! Surpresa! Grãos de areia na praia. Reagimos com veemência. Volta a frenética inquietude. O carrossel se movimenta. Vamos nos repetir neste, ou naquele gesto, usando esta ou aquela roupa, escolhendo esta, não aquela fruta…O específico restaurante indicado, não o da esquina. Este bairro… Estamos garantidos pelo aparato. A ilusão do privilégio.
Alguns encontros são comprometedores. Não podemos recolher as palavras ditas, os gestos feitos, nem virar as costas, e retomar outro caminho, viver outra história… Elizabeth M.B. Mattos – Torres, janeiro de 2013 –
Ser verdadeiro em todos os sentidos é sempre cruel ao outro…no entanto…é o que nos torna maduros . Para estarmos inseridos ao geral resta-nos sermos …sermos…sermos….o que mesmo????? Ah sim….ai estamos inseridos…quando não somos realmente nós….nunca nós na sua forma mais natural…
É bom quando completas… e dizes.
Escreves! Bom pensar junto…Obrigada!