Porto Alegre: 10 de Outubro de 2001.
Lá estava eu na fila de autógrafos ansiosa, cansada e com calor. Apenas trocamos um olhar apressado. Estou a me adaptar com a cidade. Absorvo a inquietude do excesso. A convivência suga… O dia é longo, termino exausta. Com alunos era/é fácil, natural. Agora tenho uma chefa menina – auxiliar – competitiva! Lidar com ela exige, permanente, atenção. Oito, nove horas em alerta. Sinto-me culpada por não estabelecer limites. Perdoa as queixas! De Porto Alegre a janela livre com verde e sol. Que delícia! No entanto ainda não usufruo como gostaria. Não leio. Não estudo, nem me deixo ficar… Estou mentalmente agitada e preocupada. Há que haver certeza –, L. ainda não chegou. Enfrentaremos uma certa adaptação. Estou procurando um estágio-trabalho para que fique mais perto de mim… Paulo manda a data da feira do livro. Relapsa, não tenho lido os jornais. A menina da galeria lê e recorta, cola na pasta, e… Eu olho. Vou mudar isto. Sei lá. Assumir. Definir. Apertar e chegar no equilíbrio. É um bilhete de saudade. Logo te escrevo mais. Alguma coisa no ambiente / neste estar pesa. Uma crueldade qualquer, desencontro. Não sei descrever: catástrofe! Beth Mattos