Vida sem passado nem futuro. Um agora ininterrupto. Branco. Apagar tudo, esvaziar para recomeçar. Deixar-se cair na infância que temos guardada. Temos? Correr no quintal. Abrir os olhos já era inquietante… Seria fácil arrancar as páginas do caderno, picar todas, jogar no fogo. Limpar o espaço, as prateleiras. Doar os livros. Deixar-se ficar no começo, naquele começo do nada necessário! Talvez um desenho, uma volta solta com o lápis para descobrir a curva certa, o resumo, a sinopse! Clementina é um bom nome.
Minha vida, retorno e futuro. Minha mãe.