Estou querendo justificar, mas… Algumas pessoas desaparecem completamente de nossa vida sem que se tenha possibilidade de encontrar, rever, ou saber. Somem. Deixam de existir, ou melhor, de significar. E não ficamos sabendo se morreram ou não. Não, elas significam, mas não estão mais lá onde um dia estiveram, ou deveriam estar. Adoeceram, resolveram não responder, mudaram de cidade, ou de país, casaram, foram comprar cigarros e não voltaram. Um dia pediram desculpas, no outro desapareceram. O noivo gaúcho desapareceu, sem explicação. O Luciano, o Marco. E a paixão de um verão carioca, desapareceu em São Paulo. Todos os Paulos! Nunca brigamos. Fomos felizes todos os dias que conseguimos nos ver. Alegres! Bondade um com o outro. Patrick Durand Lasserve também desapareceu. O Peter e a Alice no Canada. Edy Lima em São Paulo. E meu amigo Joseph! Olivia e Ronaldo, Alda Maria, Sofia, Cristina e Pedrinho Oswaldo Cruz, Ricardo Cavalcanti, Iberê Camargo, Carmélio Cruz, Xico Stockinger, Glauco Rodrigues e Norma. Laila. Sonia. Sofia. Claude, Tereza. Itamara, Cláudia. E Flávio Tavares. Assim como desapareci um dia do Rio de Janeiro… Como nunca mais voltei a Rio Pardo ou Santa Cruz do Sul. Como o livro perdido entre tantos livros naquela estante! Algumas pessoas apenas deixei de ver, não de amar, não de entender, não de pensar nelas, mas elas subiram na nave espacial, sumiram…Posso fazer uma enorme lista! Seria um inventário de amores amados e vidas amigas desaparecidas! Por uma breve, mas intensa onda de pânico, de repente. Ou será que sou eu que não posso vê-las porque perdi meus óculos de olhar? Sou acometida por uma breve, mas intensa onda de pânico. Pedaços do tempo, momentos vazios, e eu esquecemos, mas quero lembrar. Reter, guardar. Ficar, E não posso! Seria como comer “azeitonas gregas do Peloponeso, ligeiramente mergulhadas em azeite extra virgem de primeira pressão da Sardenha e arrematadas com Alecrim”… E volto a beber aquele gole de uísque necessário para esquecer esta renda rebordada de lembranças, talvez desnecessárias. Outro tempo.
Que lindo!
Eu estou aqui. Se desapareco um dia, será para te ver.
J a n
Tu és mesmo maravilhoso!
Querido! Quero tanto estar perto! Estou acorrentada. Vem logo me ver.
Se eu aparecer agora, deixo de ser parte do texto.
Adorei, senhor desaparecido!
Deu resultado! Enfim! Bom que vocês estão perto! Obrigada! Preciso destes amigos!
Fiquei intrigada,acho que perdem o significado! em todo caso,adorei,dona Beth! bjs
Nilda! Obrigada. Tu és importante para o meu BLOG. Sempre dando força!
Sou da lista que deixaste de ver mas não de amar, não é mesmo?
Adorei o texto, todos temos desaparecidos. Alguns tão perto e tão longe…
Saudades !
Bjs
Adorei tua presença. Teu comentário. O amor verdadeiro não termina, não acaba, tu sabes. Fica na saudade apertando, arrumando um novo lugar. Fica. Um beijo querida!
Ainda bem que eu não fui citada…rsrsrssr… isso prova que sempre estive e estou presente com você… espero que por muitos anos a frente… em tempo; aprendi a beber um bom uísque, vamos poder brindar ! bjsssss
Em breve amiga. Tu és irmã. Não te esquece.
Sabe aquela prece, livrai-vos do mal….., quem sabe suas orações foram atendidas!😂😂😂😂😂😂😘😘😘
Sempre será uma palavra extrema de continuidade. E sempre teremos a continuidade das passagens. Paragens, pessoas, histórias… Mas há um elo, nunca perdido, mesmo na provecta idade da inconsciência que une a todos. Nossa humanidade permanece. Viva. Vibrante. Eis que alguma fresta da memória nos assusta com nomes quando na verdade nomes são apenas rótulos. Sentidos, odores, prazeres tácteis terão a memória presente mesmo sem sua titulação prescrita. Abandone os “óculos-de-ver” e o pânico e apenas sinta. Eis o que há para viver.
Belo texto Beth ,é verdade ,qtos desaparecidos mas não menos amados ,congelados no tempo…bjo amiga
uma boa contabilidade