Esta coisa de uma noite, um dia… Não define a contagem de tempo, mas mede angustia, susto. Mede a dor. A dor física que limita. Grita sem som para dentro, presa.
E o menino, para salvar o avô do fogo, voltou para dentro da casa em chamas. Os dois morreram abraçados. As lágrimas não sufocaram a mãe. Existe milagre, beleza.: amor naquele abraço. Transformação. Encontraram os dois, avô e menino, abraçados. O gesto que estamos esperando todos os dias, o abraço.
As pombas rolas voltam para o velho ninho, mas trabalham na renovação da casa.
Imóvel, observo. E agora tenho Virgínia Woolf nas mãos? Texto perfeito. Invólucro belo. Tratamento cuidado, – prazer.
“Mas que é, afinal, uma noite? Um curto espaço, especialmente quando a escuridão diminui tão cedo, e tão cedo um pássaro chilreia, um galo canta ou um verde desmaiado se aviva, como uma folha revirada no oco de uma onda.” (p.17) O tempo passa, Virgínia Wolf, Edição bilíngue. Coleção Mimo Autêntica Editora, 2013. Belo Horizonte.)
