Música recupera sentimentos enquanto a alma segue a luz da melodia. No silêncio, escutamos com olhar.
A memória agarrou uma xícara, este livro, aquela cadeira, depois a tela com tintas escorridas de Jean Lehmans. A carta, este caderno. A caixa das fitas as pérolas descascadas. O bule branco. Objetos. Não sinto o cheiro dos eucaliptos, nem das magnólias. Esqueci o jardim dos jacarandás. Seguimos construindo a memória com fitas, vidros, caixas, cartões, e fotos. Guardados escondidos no porão. Elas caminham, estas coisas… Não ficam a espera. Elizabeth M.B. Mattos – abril de 2014 – Porto Alegre