O JOGO

A força divide, estanca insegura. Pondera. Desânimo! Obstáculo. Burilar, ressaltar, descobrir o sentido. Desarmar, e retirar este azedo amanhecer. Facilidade sem esforço. Recolhimento. Dos monges, do sacerdócio, da própria dedicação. Defesa. Silenciamos a consciência, dormitamos sem vigilância, amolecidos pelo vento, pelo frio, pela chuva: janelas abertas, escancaradas venezianas… Os galhos desta árvore, desta ventania se agarram nos batentes, invadem a sala… Lá estou sem reservas… Deixo a natureza entrar. Não competir, apenas ser. Vigiada leveza desta apatia sadia. Há que se vencer. Competição calada. Exercitar a confiança silenciosamente. Sem reagir. O cansaço carrega o excesso. Felicidade descuidada. A chuva entra… Ganhamos o jogo.

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