Esta coisa de inventar ! Tamanho, sabor, peso, e tudo o mais. Tem medida. Tempo feito, desfeita a coisa de te pensar. De nunca explicar. Destes amores passados, inventados. Dou-me conta que o certo, o bom, o real não funciona, não perdura. Desenho, imagem, jeito, cheiro fica, mas onde se esconde o real? Estatura, pensamento, conceito. Desaparece sentimento. Quando se trata de Tavares, escritor, inventor, as proporções mudam todas… Em que mundo mesmo ele está? E a formiga instigada sai correndo descabelada do monte povoado, e se perde na calçada. Engodo de amar torto, desavisado.
Será que não entendi nada do que acontece, assim, a toda hora de pensar, ou votar? Escorrego neste chuvoso inesperado, ventosa primavera! Contar, repetir, contar outra vez, quebrar a memória, e entender. Como foi mesmo esta loucura de te amar?