“[…] e sufoca seus gritos no ‘papel impresso‘.
Interessante! Como se pretende sufocar a imprensa, e a liberdade de dizer!
“Não, Van Gogh não era louco, insiste Artaud neste livro inspirado, ou então ele o era no sentido desta autêntica alienação que a sociedade ignora, sociedade que confunde escrita com texto (em que qualquer coisa escrita é corpo, desenho, teatro), ela tacha de loucura as visões exorbitadas de seus artistas e sufoca seus gritos no ‘papel impresso’: ‘Foi assim que calaram Baudelaire, Edgar Poe, Gérard de Nerval e o impensável conde de Lautréamont. Porque tiveram medo de que suas poesias saíssem dos livros e revertessem a realidade.'”(p.14)
Van Gogh o Suicida da Sociedade,
Antonin Artaud, – tradução de Ferreira Goulard. Editora José Olympio