O amor não se explica, acontece.
Expõe, esconde, espalha semente, afoga, germina, e floresce.
Indiferença, raiva, ódio, mais amor.
Saudade, dor, angústia, alegria. Risos, lágrimas.
Picotado, intenso este estranho, e rasgado sentimento.
Fica-se preso, amarrado. E, lá dentro, a nascente.
Somos pai, mãe, filhos, tios, avós, primos, amigos, e um eu espremido… Esquisito isso de pertencer ao grupo, a tantos! Nascemos e permanecemos parte.
Imagem repetida: tronco, árvore, semente, germinar, mãe terra… O feito, o não feito, o dito, o conquistado se espelha, se aprofunda, nega ou reafirma o que, aliás, já era.
Galhos, folhas, flores, fruto.
Esplendor, rupturas, rasgos, casca, semente, vozes sibilantes.
Vento, chuva, sol, nuvem. Dia e noite.
O estranhamento. Equívocos, resoluções.
Sem contorno?
Embora não tenha se casado, embora não tenha conhecido a própria mãe, embora contida, era falante, alegre, disposta. Atenta.
Inteligente, preparada, bonita, talentosa, habilidosa, informada. Coroada de sonhos e promessas, apaixonada.
Ele, particularmente, afetivo, bonito, inteligente, educado, agregador. Construtor.
Avó, pai, tia e mãe se inclinam no berço, mimam. Tímida, bela, confiante, astuta. A preferida. Saiu cedo de casa, pisou leve no amor, abraçou.
Inquieta, de beleza singular. Agitada. Alegre, e estremecida. Turbulentos sentimentos envolvem estudo, independência e magnetismo. Esfuziante estrela.
Esta questão de maternidade importa. Os bebês se apercebem cedo da qualidade do beijo, do afago. O choro esquecido, permitido. Medo do escuro, das portas fechadas. O silêncio se prolonga sorvido e presente… toda voz alerta, mas inquieta. O bebê bonzinho que encolhe, quieto, belo e manso.
Bete,
Gostei: os bebes se apercebem rapidos da qualidade do beijo…..