As árvores se inclinam

Bom estares perto! Balanço perfeito. Reconforto. Procuro melhorar, entender, progredir. Escrever faz toda a diferença. Quero usufruir mais de tudo. Um tudo indefinido: livros, textos, conversas, amigos, filhos, netos, de cada hora do dia. Reagir agindo. Deixo escapar… Fica a palavra, o vago sentimento perdido. Quero agarrar. Somos incipientes, solitários. Assim mesmo povoados. O prazer pode, deve ser compartilhar, dizer, responder, pensar, ponderar. Quais são mesmo os verbos? Exercitar afetos. Escrevo sem impulso, estacionada, vou fatiando o dia. Assim, não respondi de imediato tua carta. Usufrui.

Aqui venta. Assobio torrense. Conversa de vento e sal, água. O cinzento do céu se mistura no acinzentado do mar. Acumulo saudade  como se fosse possível segurar o tempo. O apartamento da Rua José Picoral recheado… Lajotas vermelhas, sacadas festivas, janelas abrindo pra praia. O cheiro. O pai, a mãe, as crianças pequenas. Energia. Alegria inquieta. Bom sono. Retomada, encanto. Vozes. Não faço comparações, apenas quero tudo outra vez. As árvores se inclinam por aqui.

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