Hoje estou feliz

Que estranheza voltar… Querer bem, brincar de menina. Comer morangos. Voltar ao mar da meninice. Areia nos pés, e ficar, assim, por um momento, sem vergonha do corpo, do tempo, da risada, dos cabelos esvoaçados.

Envelhecer tem territórios particulares.  Coisa boa salta da caixa de surpresa, como os brinquedos de mola de antigamente. Estantes abarrotadas de livros, dever de casa, água do café, panela do feijão, esquecidos. Bebemos ar, vento, e rimos à toa… Somos livres. Livres para todas as bobagens sérias de gostar. Livres para virar as costas. Esquecer ou lembrar, tudo igual. Redescobrir.

Não sem medo. O medo estremece, arrepia, sacode o corpo. Destemidos como adolescentes. Porta aberta. Indecente esta alegria toda. Libertária. Casmurra, mas infinitamente rejuvenescedora. Carnaval, luz serpentina, música maestro! Não é o ontem que eu quero, mas hoje. E hoje estou feliz.

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