Pacífico dia. Comida deliciosa, feita por mim. Bom vinho. O vento festivo. Lagoa amistosa. Buganvílias alegres. Filhos em bons planetas. Netos no mundo. Estou/sou tão jovem! Pura alienação. Só passarinhada na conversa, e desordem amiga esparrada pelas mesas… Mesas e cadeiras abarrotadas. Amigos sinalizam. Steve Jobs diz: Gosto de coisa boa na fruta descascada. Então, reafirmo, pendurada nos meus sonhos: estar em casa é deleite. Janelas debruçadas na luz. Pensamento em letrinhas apressadas. Viver hoje, agora, tem razão meu jovem amigo, e resmungo risonha: confesso envergonhada: verdade: estou mesmo escondida na melhor das cavernas possíveis. Minha horta, meu quintal, meu jardim, meu portão, minha comida, minhas uvas, meu reduto aberto. Restrito. Aberto, independente, livre, único. Estendo a mão, e posso rir junto, porque te penso… Elizabeth M. B. Mattos – Torres – 2016