“Se eu não tivesse existido, outra pessoa poderia ter escrito meus livros, Hemingway, Dostoiévski, qualquer um de nós. A prova disso é que há pelo menos três candidatos à autoria das peças de Shakespeare. Porém, o que importa é Hamlet e Sonhos de uma noite de verão – não quem as escreveu, mas que alguém o tenha feito. O artista não tem importância. Só é importante o que ele cria, já que não há nada de novo a ser dito, Shekespeare, Balzac, Homero, todos escreveram sobre as mesmas coisas, e se tivessem vivido mil ou dois mil anos a mais, os editores não teriam precisado de ninguém mais.”(p.9)
Citação seguinte fica presente para uma pessoa especial.
Entrevistadora
Como um escritor pode tornar-se um romancista sério?
Faulkner
“Noventa e nove por cento de talento… noventa e nove por cento de disciplina…noventa e nove por cento de trabalho. Ele nunca deve estar satisfeito com aquilo que faz. Nunca está tão bom quanto pode ser feito. Sempre sonhe e atire mais alto do que você pode fazer. Não se preocupe somente em ser o melhor do que seus contemporâneos ou predecessores. Tente ser o melhor do que você mesmo. O artista é uma criatura arrastada por demônios. […] ” p. 10
1 volume As entrevistas da PARIS REVIEW, Companhia das Letras, São Paulo, 2011