A tartaruga perdida me reconhece e vem em minha direção achada. A filha esquecida na casa dos chineses …. Eu procurando. Inquietante sensação de deslocamento. O olhar prepotente vê o mundo desgastado esgaçado. Não reconheço. A mais bela foto! Um caroço de abacate a espichar raízes. Uma folha verde. A vida em ritmo natural/normal. Perfume de fubá, cheiro do assado. E …, e o calor manso fervente que se estica. Depois o pesadelo no amontoado de fotos pontuais coloridas cheias de cabelos e trejeitos, homens e mulheres. Imagino a galeria de Picasso. Telas – retratos, essência da alma, e não a beleza padronizada preconizada e festejada da vaidade. Picasso a se deliciar na pintura com este retrato -espetáculo festivo. O aglomerado confinado festeja esvaziado. Vestidos acompanhantes, e as taças. Cadeiras espaços luzes abraços. A corte decadente de reis a serem decapitados. A vitrine pode não ser elegante quando expõe no detalhe exposto o excesso. Algumas vezes ela pode ser elegante.
Inquietas personagens belicosas sem beleza ou sobriedade, sequer descontração. Evidentes manequins ostensivamente atentos se inclinam … Padrão grotesco de tempos modernos. Confinadas figuras de papel nesta sala de horrores e sacadas e brilhos e noturnos figurinos. Decotes saias plissadas. Amontoado de sorrisos fabricados a nos convencer que estamos/somos/permanecemos coroados e felizes a festejar.
Ou ainda: “Não se pode deixar de dar razão: naqueles tempo a frequência de matrimônios entre primos, ditados pela preguiça sexual e por cálculos fundiários, a escassez de proteínas na alimentação [ …] inverossimilmente oliváceas, insuportavelmente ciciantes. Passavam elas o tempo grudadas umas às outras, lançando apenas apelos e coro aos rapazinhos estarrecidos, destinadas, parecia, tão somente a servir de fundo a três ou quatro belíssimas criaturas que, como a loira Maria Palma, a belíssima Eleonora Giardinelli, passavam deslizando como cisnes num charco pejado de rãs.” (p.225) O Leopardo de Lampedusa