“Tudo está tão diferente. Não havia dúvida de que se referia à falta que Amadeu (???) fazia. À falta de sua voz suave de barítono nos corredores. Não era só que não o víssemos mais, que não o encontrássemos mais. Via-se a sua ausência, ela era palpável. Sua falta era como o vazio nítido em uma fotografia da qual alguém recortou um vulto com a tesoura, e assim aquela pessoa que falta se torna mais importante e intensa do que todas as outras pessoas. Era assim que sentíamos falta de Amadeu: pela sua precisa ausência.” (p.166) Pascal Mercier in Trem Noturno para Lisboa