Virando a página

casa dois

Não sei medir o apressado da leitura nem o quanto posso ser lenta para terminar o/um/ ou dois livros… Ou uma página de amor apressado/ malvado. Intenso tempo despedaçado sofrido arrastado atropelado  e encantado. Descabelado como gosto de usar, ou melhor,  atabalhoado, real e fantasioso. Qual é a medida? Não sei.

Quem escreve só começa a respirar quando produz/escreve/ diz… Verdade parcial. Tem grito sobressalto gemido. Há tempo de divertir, tempo de arrumar, lavar.  Tempo de doçura. Há tempo de fechar a porta. Tempo da preparação. Há o tempo sol/luz gloriosas janelas abertas. Tempo de não existir, desaparecer. Não falar, nem ouvir. Tempo de dar voltas e voltas pela lagoa. E aquele precioso tempo do vazio completo em que o tédio parece constituir o próprio tecido da vida. Mas é virando a página de cada história que respiro. Ficam os/as/ tantos /muitos personagens: mentiras verdades fatos sentimentos de raiva e amor. Eles aparecem desaparecem se estratificam… Como a página virada do livro. A página escrita de um Diário, o prazer de um sábado que termina e se atira no domingo manso da Páscoa. Penso que se atirar no mar, no rio, nadar é coisa boa. Elizabeth M. B. Mattos abril de 2017 – Torres

CASA

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