Seis horas oito horas sem notícia…

Despojada transparente. Você é assim muito demais como és. Deste jeito que és te pões a perigo. Mas, desprendida alegre… Ao dizer surpreendes a surpresa. Não quero que vás quero que fiques, não vás embora. Quero ter você aqui para sempre. Quero ir para onde tu fores… Espera, fica, vive o sonho. Por que o medo por que te assustas? Você insegura a diminuir te entregas mas desconfias.

…tua pele, teus olhos teu beijo, não o meu, tua boca teu pescoço tua simplicidade. E falas falas falas, falas tanto, e, desarmas. E te desproteges…, e te descuidas. Ah! Este teu medo inseguro visível insegurança que te esconde. O que é menos é maior. Tu és boa és querida e eu te gosto. Difícil complicada simples! Tu dizes as coisas, tantas, todas. Pensas, desconcertas e acertas. Sentimento doçura de olhar desprendido. Sofisticada simplicidade. E este jeito de fugir e também entregar, … tua leveza! Vontade de te ter aqui comigo, não vás, diz o que precisas, eu faço… O beijo do/no restaurante. Depois espiar a noite caminhando. E todas aquelas horas… “que tempo bom passamos juntos!”  O bom beijo. Colorido jeito de chegar… Expões o perigo, e você inteligente esconde… Insegura aflita. Desorganizada medrosa afetuosa intensa. Chega no silêncio este estranho longe. Agora que te achei não quero te perder tua saúde me preocupa.

Há qualquer coisa dentro de mim que se aflige independente de mim mesma se aflige e desperta. Contradições. Seis horas sem notícias de Elizabeth oito horas sem notícia de Elizabeth.  Uma manhã, uma tarde e um entardecer sem notícias de você! És muito melhor do que te imaginas, e este jeito manso. Deixa eu fazer para ti, espera. Não tomes banho frio.

…a memória se mistura/confunde.  Se adormeço esqueço.  Há um corpo se desfazendo no jardim onde plantei hortênsias e margaridas. E a figueira que chega audaciosa nascida tão perto do cimento se debruça no terraço… Tempo de enfiar raízes na terra e insistir.  Não tenho direito a completa nudez, estremeço. Este contar sem fim parece um comprido trágico segredo dolorido. Elizabeth M. B. Mattos – Recife – 2017

FOTO MUITO LINDA que Luiza tirou

“Enquanto eu falava, eu ia pensando nas histórias em que as pessoas transformam a vida, as vidas em que as pessoas transformam as histórias.” Nathan Zuckermam em  O Avesso da Vida, Philip Roth, OS FATOS, 1 edição 2016. Companhia das Letras.

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